Singapura, a cidade-estado sem desperdício

Com fundação em 1819 e criação de governo autônomo apenas em 1959, Singapura se destaca pela economia e pela qualidade de vida. A cidade-estado, composta por 63 ilhas no sudeste asiático, possui o maior IDH do continente. Além disso, sua urbanização conta com vegetação em metade do seu território.
 
Isso não é tudo. Singapura transforma todo o lixo que gera em combustível para a geração de energia ou em insumo para a construção civil. Tudo possível, em grande parte, graças ao planejamento estratégico de quem, desde 1992, conta com um plano de desenvolvimento sustentável nacional.

O que é o "Plano Verde" de Singapura

Em 1992, o Plano Verde de Singapura (Singapore Green Plan - SGP) surgiu para garantir que o modelo de crescimento nacional não comprometesse o meio ambiente. Para isso, estabeleceu não só estratégias, mas também programas e metas, que Singapura precisou alcançar sistematicamente a fim de manter a qualidade de vida enquanto buscava sua prosperidade econômica.
 
Foram seis as áreas de foco: ar e mudanças climáticas, água, gerenciamento de resíduos, natureza, saúde pública e relações ambientais internacionais.
 
No que diz respeito ao gerenciamento de resíduos, Singapura desenvolveu um sistema que faz seu lixo "desaparecer". Na verdade, é uma grande operação diária, que envolve mais de 2 mil caminhões levando os resíduos para bunkers subterrâneos.
 
Com quatro incineradores pelo país, a queima do lixo vira energia elétrica. A fumaça passa por uma filtragem rigorosa, garantindo a qualidade do ar. E as cinzas do processo são beneficiadas, virando tijolos. Já o plástico, por sua vez, substitui completamente o betume. Dessa forma, é possível asfaltar estradas sem o derivado do petróleo.
 
Ao mesmo tempo, Singapura aplica multas altíssimas a quem joga lixo fora das lixeiras que o governo espalha pelo país. Como resultado, a população tem o incentivo da qualidade de vida e o medo da punição para manter cada metro quadrado das áreas públicas limpas.
 
Com o sucesso do SGP, o plano passou por uma atualização em 2021, com metas para a próxima década. O plano em vigor se chama SGP 2030.

Os desafios do Brasil são maiores, mas o país também tem vantagens

Com uma área total pouco superior a 700 km² e cerca de 5 milhões de habitantes, Singapura, sem dúvida, tem um desafio diário mais realizável do que teria o Brasil, com suas dimensões continentais e população mais de 40 vezes maior, se tentasse o mesmo processo.
 
Isso não significa, entretanto, que seja impossível para nós aumentar nossa sustentabilidade. Há, inclusive, incentivos maiores. Uma vez que nossa produção de resíduos é muito superior, os insumos que podemos gerar com eles são igualmente maiores.
 
Usando como exemplo o plástico, isso fica claro. A Abiplast verificou que, em 2022, a reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo atingiu 25,6%. É um bom número, mas ainda há muita margem para crescimento. E benefícios para incentivar a prática não faltam.
O uso de plástico PCR, resina pós-consumo de origem industrial, reduz gastos sem comprometer qualidade ou durabilidade de insumos. Na Embalatec, esse material versátil está presente em bobinas, mesas de corte e sacarias, só para exemplificar.
 
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